sábado, 27 de setembro de 2014

HÁBITO DE LEITURA e FONTE DE PRAZER: entre escolhas da criança


... afinal, “para ler é preciso gostar de ler”... [Laura Sandroni. A criança e o livro. Ed. Ática, 1987]. A considerar como relevante “o fato da leitura ligar-se muito intimamente ao projeto educacional e à própria existência do indivíduo” [Ezequiel Teodoro da Silva. Ler é, antes de tudo, compreender, In: O ato de ler. Ed. Cortez 1981, p. 45].

Bons fundamentos para nós aprendentes, como alun@s ou educadores nas instituições de ensino.
Mas, como vovô ou mamãe ou amiga, fico feliz demais em perceber a liberdade e ao criar ou reinventar espaços de escolhas, apesar do risco que a internet apresenta e de cuidados a nós exigidos nos mais diferentes casos.

Minha netinha, Sofia, desde seus oito meses, ficava frente às suas escolhas. Essa autonomia que mesmo exige ou insiste solicitar como direitos adquiridos - de escolher. Aprende a observar os próprios limites, com respeito ou afeto pelo outro. 
Lindo é vê-la em cada situação, conflitante ou de simples prazer, recorrer à sua bebeteca e pegar livro relacionado ao vivido/percebido, temas sobre: o vento, o pai ausente/inexistente, as lacunas, o não saber expressar ou comunicar, a substituição, o vínculo, a compensação, o símbolo, a dor, a pediatra, a brincadeira, os passeios, as paisagens que se relacionam, o cultural, o clima, o plantio, a fábula, o mito, o riso, o choro, as tantas outras emoções ou sentimentos e à sua corporeidade... vistos e sentidos nas mais diversas personagens ou outros fatos do cotidiano. Por vezes, escolhe livros da vovó, não se importando se têm muitas letras. Quer que eu leia e fala: "vamos brincar com as letras".

O brinquedo é a linguagem da criança. Ler é assim.

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