Eu com os sujeitos da pesquisa, à esquerda, à direita acima com a professora em sua casa, e à direita abaixo com a turma das crianças colaboradoras. |
Saber como a criança aprende é uma
questão de aprendermos com ela. Em minha conclusão após feito trabalho
de investigação do conhecimento matemático de crianças de uma escola pública em
1999, durante curso de psicopedagogia, senti vontade de reler “Na vida dez na
escola zero”, de Terezinha Carraher e David Carraher. E também concordo com
Bachelard (1996, p.20), a partir da necessidade reconhecida que os cursos de
formação necessitam aperfeiçoar seus currículos nas aprendizagens e não somente
nas ensinagens, pois, segundo ele “uma
cabeça bem feita é infelizmente uma cabeça fechada. É um produto de escola”.
Lógico que nos inquieta um bocado porque estamos mergulhados e somos
apaixonados por escolas, mas, também temos consciência da realidade necessária
de se investir em formação continuada e práxis pedagógica.
Após decisão de construir um
trabalho de interlocução com uma instituição pública da rede estadual de ensino
do distrito de Mosqueiro (PA), e em parceria, com uma colega do curso de
especialização passamos a combinar e discutir sobre as formas de aproximação,
estudo e dialogias com a escola, enfim, com o projeto de trabalho.
A leitura de Kamii nos
possibilitou dialogar com alunos e professora da Educação Infantil.
Particularmente, eu já conhecia algumas das obras de Kamii, como também já
fazia algum tempo que vinha dialogando com o processo de construção do
conhecimento de crianças de Educação Infantil. Trabalhei durante cinco anos com
esta modalidade de ensino como professora, e mais dois anos como coordenadora
regional de Educação Infantil da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
Também tive muito prazer de
servir como mediadora nesta nova parceria, afinal era o primeiro contato da colega
com essa teoria, mas, sempre é uma nova oportunidade de aprender mais com o
outro, com a sua forma de ver o mundo e através dela compreender as suas novas
perguntas e a sua forma de aprender misturada por ali entre aprendentes. Os
novos questionamentos sempre nos abrem perspectivas de pesquisa e ação.
Nessa práxis buscamos construir
bem mais a aproximação com os educadores e os alunos da escola, além de toda
comunidade escolar. Com o acesso facilitado possibilitamos a todos nós, bons
motivos para novas aprendizagens.
A partir dessa introdução postarei
conteúdo trabalhado.
Referências
BACHELARD, G. A formação do
espírito científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.
CARRAHER, T.; CARRAHER, D.;
SCHLIEMANN, A. Na vida dez, na escola zero. 10 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
KAMII, C. A criança e o número:
implicações educacionais da Teoria de Piaget para a atuação junto a escolares
de 4 a 6 anos. 5 ed. Campinas: Papirus, 1986.
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