Desenho de Ariane (1991) |
Experiências que trazem o curioso olhar da criança que ri, percorre, salta, foge, volta, vai, sua, aquieta, ouve, conta... Muitas leituras neles. Mistura sentimentos, sonhos, emoções, nuvens nos céus, sóis e sorrisos.
A máquina do vovô era bem parecida com esta daqui... |
Para mim parecia difícil e impossível deixar de escrever no papel com lápis, borracha, pozinho voando, caneta e cores misturadas ou inventadas, algo artesanal que tinha cheiro, textura, temperatura e muita imaginação... E a tecnologia aos poucos foi nos possibilitando novas experiências, novos sentimentos, outras ideias.
Lembro dessas coisas e me faz bem. E tudo porque um querido amigo twittou assim do seu jeito descontraído de sempre acerca de que apesar do papo bom precisava pegar o trem e dormir... Acordei hoje nesta viagem.
Cruzei a linha do tempo e trouxe aqui duas coisitas:
1) O desenho de um aluno de 5 anos, o Rogério, guardo muitos deles, mas, este em especial está bem amarelado, mesmo assim [não riam, mostro aqui miudinho, pois, Enéas vive pedindo para eu jogar porque dá alergia] vou colar aqui pela traquinagem do aluno. Seus desenhos ocupavam a folha inteira, mas, este ele deixou quase no final, bem à direita da folha horizontal. Perguntei onde estava a novidade? Daí ele virou a folha...
Desenho número 1 do Rogério (22/04/1993) |
Desenho número 2... |
[eles adoravam me causar surpresa até porque eu vivia aprontando com eles, e por isso nossa troca nos fazia rir de montão]: peço que não riam de novo do meu amarelado, está assim mesmo, outras guardo na memória, no coração e nos meus alfarrábios. Ali eu ainda escrevia na mesma superfície do papel dos alunos, logo em seguida deixei de fazer isso, até porque a produção deles é algo mais que sagrada, intocável, é a pele deles, da história, da identidade... Aprender é isso, aprender a errar. Tiago fez desta forma... colou papéis e me disse exatamente o que escrevi. Quanta gargalhada de fazer deitar no chão e rolar com eles de tanto rir. Eu era boba? Professor não faz isso? Pois bem eu fiz e não me arrependi.
Hoje eu sou feliz por tantas coisitas como essas. Essas são um pouco de minhas aprendências que se misturam às deles lá do passado. Quem era eu? professora de educação infantil e estes personagens que trago no blog eram dois meninos, tenho outras histórias e outros amarelados ou nem tanto. De fazer rir e aprender! As produções? Cada vez mais ricas. Misturavam escritas e desenhos.
Pois é amigo, o trem me levou longe e me fez sorrir de verdade!
Você tem algum desenho de alunos que te fizeram rir também? Se quiser fique à vontade para compartilhar por aqui... Ou me convide para ir lá...
Enquanto isso, se tiver tempo, clica aqui:
Trem das Sete com Expresso Polar: bela combinação!
Oi, Maria!
ResponderExcluirAcho muito interessante como algumas coisas que a gente diz levam as pessoas a escrever. No caso, transformar fases simples (140 caracteres) num post como esse. Deve ser a quarta vez que isso acontece comigo. Daí, brinco com o pessoal no twitter e digo que levo a inspiração para eles...rs
Quanto aos desenhos, recebi muitos deles que fizeram rir e me emocionar com o carinho dos alunos. Nada como sentar com eles no chão, em círculo, e falar a mesma língua (ou tentar). Nessa "brincadeira", nos reconhecem como alguém do grupo deles, uma criança diferente, um pouco maior. Maravilhoso!
Gostoso demais esse post! =)
Forte abraço.
Ei Max!
ResponderExcluir140 caracteres igual como acorde inicial - sons multifônicos... É a imaginação que nos liga, o amor que nos une, a virtuosidade que nos encanta, a vida que nos faz vibrar! Dia a dia! Twitter a Twitter/Buzz ou tête-à-tête sem fim, face-to-face, blog-au-blog...
Desenhos das crianças desencantam, acordam, despertam... fazem rir, distrair, viajar... Desde que haja interação, elas percebam isso como espaço criativo e comunicativo. Trocas intensas algumas mais sérias e outra demais da conta. Enfim, tudo vale a pena quando...
Post?! É fruto de uma bela inspiração vinda de lá do Buzz com Twitter.
Outro forte abraço!