Dois vídeos relacionados mostrando a dupla face textual dos prefixos: inter e hiper... Inter relaciona, traduz e vincula múltiplas relações (antonímia, complementares, recíprocas, correspondentes, participativas, associadas, solidárias...), hiper supera limitações do que é linear ou pode estar fragmentado, incompleto, tênue. Mas, o que relaciona as pessoas e suas histórias?
Para esta primeira reflexão trago o vídeo:
O prefixo inter atravessa nosso imaginário cultural e nos personaliza no turbilhão de ideias e histórias. Quem tem uma para contar? Quem está interessado em ouvir? Quem deseja escrever? Que argumentos arruma diante de tantas informações?
Na escola aprendemos a não fragmentar disciplinas e a promover relações interdisciplinares. Integração. Interfaces. Transversal. Intertextualidade. Histórias e imagens relacionadas. Polissemias. Nossas músicas atraem os pequenos? Cada um ouve a sua música, assiste ao seu programa, tem o seu computador, interesses diferentes. Como se relacionam?
Aqui o segundo vídeo demonstra a intermusicalidade, na relação de nossas histórias, mídias e a criatividade das crianças:
As crianças fazem o link? Com base em... [a pedagogia pode responder]
A escola sobrevive nesse redemoinho relacional na dita era tecnológica da informação conectada, digitalizada, "personalizada". Estamos enredados. Cada vez mais inspirados. A quantas anda nossa criatividade?
Cruzamento de textos variados, superação criativa de limitações lineares, diferente da sequência de antigos textos escritos. Compreendemos o significado da memória criativa, diferente da memória reprodutiva? A imitação é o primeiro estágio do pensamento, se vai internalizando. As crianças imitam, repetem os gestos de seus genitores, do convívio, aos poucos a expressividade contorna a pessoalidade. A pessoa se forma nas relações familiares, afins. Memórias importantes nos personalizam. Somos singulares em nossa pluralidade. Reinventamos a vida nas relações que nos humanizam. E a vida? É bonita e é bonita... (o que nos lembra?)
Textos variados interligam palavras. Palavras que estão ligadas a outras palavras. Outros textos. Ideias que fazem lembrar outras ideias. Sons outros sons. Música que faz relembrar outras músicas. Videoclips que nos fazem lembrar outras imagens.
Hoje em dia é difícil criar coisas completamente inovadoras. Privilegia-se a ligação em cadeia. Estamos enredados. Enredos relacionados. A diferença está nas relações. As pessoas relacionam. Os conteúdos são relacionais. E as pessoas tem histórias para lembrar, relacionar, enraizar-se, voar, retornar, valorizar, humanizar-se mais.
Quem lembra do artefato de madeira lendário grego? O presente venceu seu inimigo. Quem conta histórias para crianças? Temos tempo para nos relacionar? As crianças querem ouvir? Elas querem ler? O que escrevem? Pessoas sem narrativa se desestruturam. Os pequenos estão interessados nas conversas dos pais e das mães? A família tem momento diário de conversa, de olhar nos olhos, de tocar no outro, de abraços e refeições juntas, como as antigas ceias. Em seguida, vem a hora do conto, da história, das relações do dia, das reservas... (?)
Desistimos das relações familiares, ou ressignificamos as histórias. Não queremos mais tragédias como aquela de Realengo neste abril. Quem ainda lembra do episódio bullying? Vivemos cheio de trolls - trollando discursos - e assim tróia se fez tragédia - e com um cavalinho de pau! Criatividade tecnológica. Criatividade humana!
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. O que nos lembra?
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