quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vamos Aprender no Bosque: práxis dos alunos do ensino médio integrado


Exercício de "Grupos Operativos"
Pesquisa, vivências, aulas-passeio. Protagonismos despertados nos grupos de estudantes para realizarem "inventário florestal" em dois dias de teoria e prática. Conhecer a fauna e a flora locais, administrar dificuldades, motivos a formar novos conceitos e ideias nos aprendizados em comum. A pedagogia esteve baseada no senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual, coletiva e afetividade. Incluiu ainda exercício de autocrítica em relatórios.

Bosque Rodrigues Alves em plena Av. Almirante Barroso
A área escolhida foi o Bosque Rodrigues Alves, lá aprenderam a mapear o lugar, calcular a base e o diâmetro de área, utilizar o “olhômetro”, a trena, fita métrica, galhos do chão da mata como piquetes pra marcar a base central, bambus, tiras feitas de sacos plásticos, pranchetas e canetas, fazendo uso de recursos naturais ou não para caracterizar as árvores e valorizar o ecossistema na parcela do local.


Os alunos receberam orientação dos professores, que depois ficaram disponíveis para os grupos, caso necessitassem de ajuda. Cada grupo tinha até cinco componentes e cada qual assumia um papel indicado no grupo. No conjunto das equipes, os alunos conheceram melhor o lugar que lhes serviu de base no estudo desses dois dias.

O tempo variou conforme desempenho de cada grupo de trinta minutos à uma hora. Houve satisfação dos alunos quanto ao método de aprender considerado interativo, descontraído, houve também grupo que se percebeu como “guerreiros” na criatividade e no modo de se importar com o trabalho, outros como colaboradores.

Todo processo de construção é coletivo!
Os alunos do primeiro ano do curso lidaram com conteúdos que atravessaram a geografia, a matemática, a física e a legislação ambiental como importantes para a vida profissional deles, futuros técnicos em meio ambiente, assim como mostraram-se animados para dar continuidade aos estudos nos anos subsequentes.  Ao final, solicitaram oportunidades em outros locais desconhecidos ou mesmo na própria área da escola, que de frente para a Avenida Nossa Senhora da Conceição, possui um quilômetro e cem metros.

Por entre as trilhas do Bosque, os grupos fizeram reconhecimento das árvores, mediram a distância de uma árvore para outra e ali foram formando conceitos a respeito de madeireiros que só pensam na madeira e não ligam para o porte da árvore, a espessura da casca, o diâmetro... Também ali aprenderam a adaptar recursos naturais, sem prejudicar o meio, na medição de árvores.

Desafio posto, porém, a solução deveria ser ali encontrada  pelos grupos. Voltaram todos satisfeitos, alunos e professores para a escola. Valeram os dois dias de aprendizados no Bosque.

Vamos passear na floresta... e o seu lobo não vem! Ali a palavra instrução foi reinventada pelos educadores e através do protagonismo do alunado.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Árvores e Nascimentos: à procura de uma muda para Sofia

Lorena com a sua árvore, em 1982.
Plantei um sombreiro para Lorena e um pinheiro para Lígia em Paranaguá, árvores típicas do litoral paranaense, no sopé da Serra do Mar, ali morávamos bem próximo ao "Pé do Gigante". Bastante sugestivo o nome do nosso bairro: o Jardim Samambaia, conjunto habitacional que, no início da década de 80, era considerado um local longínquo, ainda mais para nós que morávamos no Centro da Cidade.


Agora estamos em Belém do Pará, localidade em que a nossa Sofia irá nascer, por aqui a passagem familiar floresce. Estamos agora em busca de uma árvore para Sofia, pretendemos plantá-la no Sítio da Lorena e do Assis, que moram no bairro do Curuçambá, na periferia do município de Ananindeua (PA), localizado na região metropolitana de Belém.



Aluna e Aluno plantam um muda
no solo de nossa Escola
Quem poderá nos ajudar? Vou pedir primeiro para os dois professores coordenadores do Projeto AMA de nossa escola. No viveiro de mudas do projeto tem um "berçário", ali plantas típicas estão sendo bem cuidadas por professores e seus monitores.


A planta de Sofia virá desse lugar de muitas aprendências! Ideal para seu crescimento.


Veja por aqui uma boa referência sobre o dia da árvore, bom motivo para despertar ou fortalecer a consciência ecológica. Bons frutos. Belas sombras. Mais vida e mais amores!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PROJETO AMA: uma homenagem ao dia mundial da ALFABETIZAÇÃO


PROJETO AMA

AMA: é o ensino e a aprendizagem para a convivência harmoniosa com o meio ambiente. O projeto busca relacionar o amor à vida através das relações dos estudantes com a natureza, o cotidiano e o conhecimento. O cotidiano do aluno está ali sempre presente porque discutir as questões que permeiam o dia a dia de crianças e jovens é essencial para a educação.


A partir de todas as fases do plantio, a começar pelo pensar e planejar, pela concepção do germinar e o potencial da semente e tratamento exigido, assim o alunado acerca-se de novos cuidados e respeito ao Outro e vai desconstruindo hábitos, nessa tomada de consciência percebe as importantes relações interdependentes implicadas em cada ato humano.

Educar requer paciência porque a história de vida das pessoas é diferente, tolerância porque aprendemos que só os peixes mortos não conseguem nadar contra a correnteza, e “navegar é preciso"[1].

Assim admiro demais o trabalho pedagógico dos educadores que FAZEM A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ACONTECER na nossa escola - das crianças menores aos jovens que frequentam o Curso Médio Integrado - Técnico em Meio Ambiente.

Releitura do AMA
Alfabetização Ecológica é o nosso desafio neste século da informação e do conhecimento para tornar o mundo mais sustentável! Precisamos juntos aprender a “saber viver” de forma mais sustentável, com mais amorosidade nesta sociedade líquida, onde tudo que é sólido se desmancha no ar...

Revista Nova Escola
Parabéns professores Elias Gomes (pedagogo) e Célio Costa (engenheiro agrônomo). Vocês nos mostram que alfabetizar não é só uma questão de gênero e assim ultrapassam preconceitos. No Brasil, há mais alfabetizadoras do que alfabetizadores, a mulher predomina no campo da educação infantil e das séries iniciais, inclusive no quadro mundial, somente 1,5% ou 16,5% dos homens trabalha nessa modalidade de ensino. Nós mulheres não temos preconceito e esta homenagem é uma prova desse nosso sentimento universal!




Os nossos parabéns aos educadores e educadoras que atuam na alfabetização e valorizam o meio na aprendizagem escolar dos estudantes porque sabem ir além do código e permear de sentido a produção do conhecimento. Vocês sabem fazer a diferença neste contexto político e pedagógico. É a leitura de mundo na leitura da palavra.

[1] Navigare necesse; vivere non est necesse” – latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 a. C., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, In Vida de Pompeu.