segunda-feira, 30 de abril de 2012

Educadores Ambientais: sujeitos da e na história do projeto da escola


Ilustração de Paula Saldanha (p. 22)

O segundo momento da formação objetivando a conscientização e a problematização da realidade vivida, percebida e concebida pela comunidade escolar, aconteceu com a leitura em voz alta do livro “Gente da Floresta” - texto e ilustrações de Paula Saldanha, da coleção Ciranda do Meio Ambiente, da Fundação Oswaldo Cruz (2a. edição, 1989).

Do trabalho exposto na postagem anterior, a senhora Roseane*, que prepara com carinho a merenda das crianças de nossa escola, teve a iniciativa de nos premiar com algumas cenas da realidade percebida, assim retratadas em uma sequência de quatro desenhos, como havia pensado em sua casa com a família e, no dia anterior a esta reunião, solicitou da escola papel e lápis de cor para trazer o "seu projeto", mas, fê-lo em segredo e só para ser mostrado na hora desse segundo encontro.

E o resumo de sua história da Eco-Escola do Paraíso assim ficou:
Cena 1: O lugar, antes do Assentamento “Vale do Paraíso”, tinha muita vida e destaca nela as borboletas azuis, porque lhe disseram que eram muito bonitas e juntamente com muitos outros animais, que por lá habitavam, desapareceram.

Cena 2: Traz cenário de uma horta coletiva no grande terreno reservado pelos novos moradores do Paraíso.


Cena 3: Aparece cena de um pessoal invadindo o terreno e devastando mais ainda, colocando fogo na horta, bem antes cuidado pelos primeiros moradores que almejavam escola nele...

Cena 4: Ao final, finaliza com a realização do sonho de escola na comunidade do “Vale do Paraíso”, a construção da nossa escola...

Revela, a senhora Roseane, que a comunidade quer sim e muito participar do projeto da Eco-Escola.

Comecei a ler o livro de Paula Saldanha, cujo texto revela com muita sensibilidade o cenário da gente da floresta, com palavras desse mundo amazônico e, por isso, bastante próximas da gente daqui. Parei a leitura oral, estrategicamente na página 8, a fim de fazê-los participar com suas histórias de vida e pensar no problema vivido e narrado pela personagem, uma garotinha. A questão tratava da retirada à força de uma comunidade das poucas reservas florestais brasileira, ainda restantes, e fê-la migrar para outros lugares onde o rio da cidade quase não tinha peixe, a terra não dava pra fazer roça e a barriga grande das crianças era de doença.

Ilustração de Paula Saldanha (p. 3)
A história termina com um convite à esperança e sutilmente a nos desafiar a mudar o rumo dessa história, o lenga-lenga dos nhem-nhem-nhem, como nos ensinou Cecília Meireles - referindo-se à velha rabugenta da história anterior. A fala final é da protagonista: “Será que eu vou poder, de novo, tomar banho no igarapé de água clarinha, pegar fruta na mata, comer peixe fresquinho e brincar com cotia, arara e macaquinho-de-cheiro? Será que nossa família vai poder sair do Coroado e ter nossa terra de volta? Hoje, eu sei que de alguma maneira, a gente vai conseguir”.

Pedi aos educadores ambientais imaginar como viam a realização desse sonho da jovem protagonista, que naquele hoje do fim do texto já havia crescido. E este é o novo desafio do grupo, pensar em uma solução, problematizando o cotidiano do “Vale do Paraíso”.

Estamos caminhando com o processo de construção do projeto da escola e as nossas aprendências entremeadas. E sei que a gente, de algum modo, vai conseguir...


*retificando, a escola tem duas merendeiras as senhoras Rosana e Roseane, a servidora e moradora do Paraíso que nos trouxe o projeto foi a Senhora Rosana.

sábado, 21 de abril de 2012

Encantadores Ambientais no Projeto da Escola: coisas do Paraíso



Algo que me encanta em uma escola: a participação de servidores que atuam na merenda, na higienização, na manutenção e nos cuidados de todo e qualquer cantinho da escola, afinal, todos nós pedagogos sabemos que cada metro quadrado de uma escola - é pedagógico.

Lá no Paraíso não foi diferente, e em especial, fiquei mais encantada ainda. Ontem em reunião de estudos e de muitas aprendências, que a gente denomina de HP (Hora Pedagógica), com todos da escola, cuja orientação é de tornar-se uma escola de tempo integral, e para crianças na faixa etária de 3 a 6 anos. Funciona atualmente com 112 crianças, 10 educadoras, 5 funcionários e 4 vigilantes, apesar de ainda não ter sido oficialmente inaugurada.

Ela é uma “ECO-ESCOLA”, voltada para educação ambiental e cidadania - “Educação para a Sustentabilidade”. O programa das Eco é conhecido na França, na Dinamarca e em Portugal por saber valorizar espaços de partilha, onde professores, alunos e outros membros da comunidade escolar se reúnem periodicamente para elaborar plano de ações ambientais a encorajar ações, reconhecer o trabalho em benefício do meio ambiente e aplicar conceitos e ideias de educação e gestão ambiental no cotidiano da escola – até porque “só verdadeiramente aprende aquele que faz” (Freire, 1985).

- Quem ensina? Todos aprendem uns com os outros.

A nossa reunião pedagógica praticamente aconteceu dentro do clima das aprendências, atuei no papel de mediadora a mais ouvir as leituras de mundo, as releituras de vivências, suas apresentações, interações e a compreender a linguagem das representações nos desenhos.
Educadores Ambientais em suas Aprendências
Educadores Ambientais em suas Interações
[e após apresentações as importantes e ricas participações dos grupos]
A referência do dia foi o “Tratado de EA para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global” (apud Carvalho, 2008, p.56-7), porque trata da identidade da EA que vivemos e visa à construção de sociedades sustentáveis, e no “Paraíso” - bastante revigorado - foi revisto através do olhar de Cecília Meireles, em: Leilão de Jardim; A língua de Nhem; Canção mínima; Meu pomar; A pombinha da mata; A arte de ser feliz.

Os educadores ambientais constituíram cinco grupos, duplas ou trios compostos por professora, motorista, serviços gerais, coordenadora ou merendeira para depois interagirem no coletivo.

Mas, o que eu mesma queria lhes dizer é sobre meu encantamento com dois funcionários, capazes ali sim de reencantar a educação. O Sr. Manoel e o Sr. Zé, cujo título de “operacionais” lhes dá muito prazer e orgulho de pronunciar, sentimentos que se misturam com a história da comunidade, a construção da obra e o trabalho na escola, pois, gostam de dizer que atuaram na construção dessa nossa escola, situada na “Praia do Paraíso - da Ilha de Mosqueiro” [veja no mapa, o tamanho de Belém, da Ilha de Mosqueiro e localize aqui o Paraíso].
BELÉM - OUTEIRO - MOSQUEIRO - e bem lá na pontinha, o "PARAÍSO".
O Sr. Manoel nos disse que é natural do Paraíso e que há alguns anos ele mesmo derrubou - sim, muitas árvores - para construir sua casa e seu quintal, mas, sua consciência fez com que plantasse tantas outras e, sugestivamente, ali nos falou que o calor - que sentíamos por volta do meio-dia - não aconteceria se estivéssemos embaixo das árvores de seu quintal, cujo clima é bastante geladinho. Hummmm! Ah! Ele nos falou de um saboroso “pacu assado” que sabe bem fazer. Já conhecido por alguns de seus colegas. Aiiiiiii!

O Seu Zé emocionou-se com o título que lhe foi dado, afinal, ele é mesmo o nosso “criador de borboletas”, aqui alusão aos quintanares, pela iniciativa de plantar com muita história e sabedoria as diversas árvores frutíferas do Paraíso, na comunidade e na nossa escola que se “arrodeia” dessas sementes, de brotos e pequeninos grandes pés de árvores.


Vale aqui registrar a nossa descoberta, Seu Zé, como é carinhosamente chamado, arriscou-se a escrever quando lhe solicitei que anotasse a função dele na lista de frequência, como os demais informaram, e ele assim escreveu PA, ou seja, "p" + "a", sua escrita é silábica com valor sonoro, o "P" é de "pe-racional", como falou no ato da escrita, e o "A" corresponde a sílaba final, representa o "nal", pois bem temos aí uma nobre missão.

Bem, os grupos de encantados com os depoimentos desses dois grandes protagonistas do dia, se apresentaram e começaram a desenhar a ideia do que seja investigar, tematizar e problematizar - como base importante da construção do Projeto Político Pedagógico da Escola. Quem por lá não se animaria?

No processo de pensar em equipes e no coletivo foram atingindo os objetivos de “desenvolver e encorajar a diversidade, a complementaridade, a cooperação, a interconexão, a emergência de significações, a escolha e as decisões nas atividades, como educadores ambientais” que ali concebiam, propuseram e vivenciavam.

Provoquei-os a pensar sobre a educação ambiental necessária à formação do alunado da escola e das importantes intervenções na comunidade. Queixaram-se muito sobre os novos barraqueiros da Praia, pois, dos antigos moradores somente dois tem barraca por lá. Os demais chegam de fora, compram seus espaços, instalam-se confortavelmente, exploram o turista, vão embora e deixam seus lixos e doenças por todo o canto do Paraíso.

Da queixa o convite à problematização... Animaram-se ainda mais, e foram compreendendo a função do Projeto Político Pedagógico, como sendo de fundamental importância, ouvir a comunidade do Paraíso e, até por onde o alunado se espalha, em toda Mosqueiro, para melhor cuidar de tudo que nos cerca.
Equipe retrata a beleza e representa o problema...
Avenida Tito Franco (atual Almirante Barroso).
Foto 1, 1898 - Foto 2, 1921 - Foto 3, 1960.
Para apimentar mais ainda mostrei-lhes uma foto bastante antiga do “Bosque Rodrigues Alves”, neste dia antes da reunião, recebemos a visita de uma educadora que atua na formação de professores da Rede Municipal, como educadora e coordenadora do grupo de formação, perguntei se ela reconhecia o lugar daquela foto 1, pensava ser o da entrada do “Paraíso”. Bem parecido mesmo, mas, era da Av. Tito Franco (hoje a tão congestionada Av. Almirante Barroso, principal via de Belém), em frente ao Bosque, em fins do século XIX.

Glup! O que será do Paraíso daqui a 20 ou 50 anos... pois é, o nosso tema não poderia ser outro, e na carona do grande evento internacional, que ocorrerá no Rio de Janeiro, no mês de junho próximo, propus algo referente a "Paraíso +20 ou +50". Bem, foi consenso pensarem negativamente sobre os tais amanhãs, encorajei-os às importantes atitudes que todos devemos tomar diante de tamanha perspectiva e desalento.
O Bosque e o Tempo. E o bosque do Paraíso?
Bem, resposta só daqui a 5, 10, 20 ou 50 anos...
Em nossa próxima reunião, sexta-feira seguinte, cada um deverá trazer suas proposições de temática e problematização, atividades pedagógicas e comunitárias a envolver toda a escola.


Na releitura, da primeira imagem abaixo, o Sr. Manoel nos disse que se tratava de uma "jacinta", como é conhecida por aqui a "libélula", e que ela sabe olhar bem, pois seus olhos veem para todos os lados... E para cuidar melhor do nosso "Paraíso" é preciso ter os olhos de Jacinta! Concordam?
"Houve um tempo em que minha janela se abria para um chalé (...)
É preciso aprender a olhar, para poder vê-las- assim".
Cecília Meireles, em "A arte de ser feliz".


Referências
- CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2008.
- FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

domingo, 15 de abril de 2012

Avaliação Diagnóstica: conversa boa entre perguntas, saberes e conhecimentos


Saberes dos alunos, saberes dos professores, vivências e conhecimentos, desafios e acomodações, harmonias e inquietações, limites e proximidades entre esses saberes e o conhecimento resultantes de perguntas importantes, geradoras de conhecimento ou de respostas acadêmicas, informações armazenadas ou veiculadas em livros, materiais didáticos, conteúdos curriculares, nas alegrias culturais, na mídia em geral, manipuladora ou manipulada, nas dinâmicas entre o singular e o geral, o permanente e o mutante.

Assim nas características do conteúdo ou da forma e suas inter-relações se percebe e se reconstrói o jogo dinâmico de termos e subtermos reais, imaginários, virtuais, necessários, possíveis e desejáveis, de objetos ou sonhos que definem, tudo junto ou embaralhado, as identidades ou as identificações, cultura e ciência, currículo e vida.

Saberes e conhecimento são equivalentes, inseparáveis e, por vezes, contraditórios. 
Desafios Aprendentes...
Na prática percebemos o conflito das pedagogias da resposta e da pergunta, das adaptações e inovações, dos erros e superações, do castigo e virtude, da heteronomia e autonomia, do afeto e desconstrução, da sensibilidade criadora, do questionamento reconstrutivo e da resiliência diante de conquistas, presenças, perdas, lacunas, faltas, desafios permanentes a implicar enfrentamento ativo, racional, responsável e ponderado.

Sempre estamos em busca de respostas novas aos problemas do cotidiano...

Não se quer respostas prontas, se quer perguntas, e esta é a função da avaliação diagnóstica que se fundamenta nos princípios de educar pela pesquisa, de problematizar o conhecimento e sua relação com a cultura ou seu estranhamento, inquietações e desejos.

E, na escola, o professor ou a professora se caracteriza por acumular respostas prontas ou de saber onde encontrá-las nos sistemas de informação, nas fontes bibliográficas ou informatizadas ou por motivar o alunado a juntos procurarem ou redescobrirem as perguntas como orientadoras de outras possíveis respostas ou tantas outras perguntas diante das pedagogias do aprender a aprender.

O processo avaliativo se faz necessário em todo momento pedagógico. Avaliar a aprendizagem ajuda na tomada de consciência do fazer pedagógico que prima pela qualidade da educação. O que é óbvio nem sempre acontece. Sabemos. Por isso a necessidade de aprender sempre.

O conhecimento do conhecimento compromete. Obriga-nos a assumir uma atitude de permanente vigília contra a tentação da certeza, a reconhecer que nossas certezas não são provas da verdade, como se o mundo que cada um vê fosse o mundo e não um mundo que construímos juntamente com os outros. Ele nos obriga, porque ao saber que sabemos não podemos negar que sabemos (Maturana e Varela, 2001, p. 267).

A avaliação formativa, contrária à classificatória ou certificativa ou interessada em rankings, acontece durante todo período das aulas, quando se procura valorar ou reorientar hábitos, procedimentos e processos de aprendizado. E a partir da primeira hora das relações aprendentes, de alunado e educadores, procura se enfatizar o olhar sensível, responsável e diagnóstico para identificar deficiências e acertos da práxis, aperfeiçoar um ponto de trabalho didático, identificar falhas de apropriação de um saber, e procedimentos adequados, oferecer um caminho diferente de saber, promover uma nova forma de aprender um conteúdo, inserir o aprendente-ensinante em um aspecto do processo educativo.

Chamamos de avaliação diagnóstica o exercício de sondar como andam os processos de ensino e de aprendizagem ou simplesmente de verificar as memórias e as mudanças importantes ocorridas durante ciclos letivos.


Faz-se uso desta estratégia quando também precisamos entender o motivo que leva um grupo de alunos, por exemplo, a não aprender determinado conteúdo, ou até porque se faz necessário corrigir o próprio fluxo de trabalho, adquirir informação, planejar intervenção ou chegar a um novo patamar de conhecimento.


Enfim, a avaliação diagnóstica é o próprio início do planejamento, fases de projetar ou repensar atividades, capaz de nos mostrar como estão as habilidades, aluno por aluno ou grupo de alunos, e quais os pré-requisitos necessários à aprendizagem. O processo diagnóstico inicial contribui para identificar a realidade e as condições de quem vai participar do processo, no sentido de requerer conhecimento, entremeando tempo de estudos junto e vivência pedagógica, observação e intervenção, sobremaneira a verificar presença de habilidades e pré-requisitos necessários ou de identificar as causas de dificuldades de aprendizagem recorrentes.

Cooperar é palavra importante, no processo pedagógico, que alude ao trabalho coletivo, à iniciativa pessoal e à autonomia na intenção de buscar juntos e tudo misturado uma construção mais responsável e humana do mundo.

O educador de modo geral, já traz a resposta sem se lhe terem perguntado nada. (...) O autoritarismo que corta as nossas experiências educativas inibe, quando não reprime, a capacidade de perguntar. A natureza desafiadora da pergunta tende a ser considerada, na atmosfera autoritária, como provocação à autoridade. E, mesmo quando isso não ocorra explicitamente, a experiência termina por sugerir que perguntar nem sempre é cômodo (Freire, 1998, p.46).

Se negarmos a negação que é o erro, essa nova negação é que dará positividade ao erro; essa passagem do erro ao não-erro é o conhecimento. (...) A força do negativo é fundamental, como dizia Hegel. A força do negativo no conhecimento é parte essencial do conhecimento, chama-se a isso erro, risco, curiosidade, pergunta etc. (Freire e Faundez, 1998, p.52).

Referência

FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

MATURANA, Humberto R., VARELA, Francisco G. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. São Paulo: Palas Athena, 2001.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Bonecos e desenhos: evolução do traço

Crianças lindas, Gepeto, Psicomotricidade, Modelagem, Remontar e Desenhar: são interfaces que, através de três aulas e com intervalo de duas semanas cada sessão, demonstram a capacidade da criança de evoluir no traço de seu autorretrato.

A criança se exprime naturalmente, tanto do ponto de vista verbal, como plástico ou corporal, e sempre motivada pelo desejo da descoberta e por suas fantasias. Ao acompanhar o desenvolvimento expressivo da criança percebe-se que ele resulta das elaborações das sensações, sentimentos e percepções vivenciadas intensamente. Por isso, quando ela desenha, pinta, dança e canta, o faz com vivacidade e muita emoção (Ferraz e Fusari, 1993, p. 55).

Vamos contar a história vivenciada na brinquedoteca de nossa escola através de uma sequência de imagens.

E para rever as postagens anteriores:

c) Aula 3: Bonecos e desenhos: evolução do traço

Bonecos da aula 2 remontados na aula 3
Perfis dos Bonecos (Gepeto)
As crianças da Educação Infantil se redesenham...
Felipe, 5 anos: autorretrato - à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula)
Miqueias, 5 anos -  à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula) 
Noemi, 5 anos - à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula)  
Marcus Vinicius, 4 anos - à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula)
Maria Fernanda, 4 anos - à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula)
Raissa, 5 anos - à esquerda (2a. aula) e à direita (3a. aula)
A criança em atividade fabuladora ou expressiva participa ativamente do processo de criação. Durante a construção ela se coloca uma sucessão de imagens, signos, fantasias (...) importantes para o conhecimento da produção da criança e evidenciam o desenvolvimento e expressão de seu eu e de seu mundo. Para a criança, essa linguagem ou comunicação que ela exercita com parceiros visíveis ou invisíveis, reais ou fantasiosos, acontece junto com o seu desenvolvimento afetivo, perceptivo e intelectual e resulta do exercício de conhecimento da realidade (FERRAZ; FUSARI, 1993, p.56).

Referência
FERRAZ, Maria Heloísa de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1993.