Qual é o significado dessa palavra para nós? A família e o amor que construímos a quatro e agora podemos dizer que a oito (rsrsrs!).
Qual é o sentimento que tive após o filme? Tristeza, mas, que tristeza é essa? Alegria, que alegria é essa? Talvez, um sentimento sem nome, à procura...
Fiquei a procurar sentidos tão fortes para significar o que se passava em mim até há pouco. E só me lembrei de Marcel Proust e de que preciso ler mais a sua obra. Mas, de tanto ouvir e ler em estudos no "Mídias na Educação - MEC" e, em Benedito Nunes, acerca do escritor francês, como sendo a clave do poético a nos ajudar a aprender o segredo da escrita, a entender que o verdadeiro desponta do imaginário e nesse movimento espiralado a descobrir e reinventar a expressividade da palavra.
Pois é, nesse ponto também fiz conexão com McLuhan, a entender o significado do cinema, do rádio e da mídia em si, quando nos diz que “os meios de comunicação são extensões do homem”. Os nossos sentimentos e emoções se identificam, se remexem e não são mais os mesmos após essa interação. Segundo ele, os óculos são extensões do olho, a roupa é uma extensão da pele, a roda do carro ou da bicicleta é uma extensão do pé, as armas dos braços e pernas. O que criamos é uma extensão nossa. A espécie humana que faz parte da natureza, tudo por aqui e no multiverso é extensão divina. Somos imagens e semelhança.
Segundo McLuhan, “a rádio é uma extensão do ouvido (...) o ouvido vê com o olho interior, esse a que chamamos imaginação. Os olhos do rosto podem estar fechados. O terceiro, da mente, segue bem aberto e espera que os outros sentidos, especialmente a audição, o estimulem”.
Depois desse belo presente de minhas filhas e esposo, assim que assisti ao filme senti que pode fazer muito efeito com nossos alunos e alunas, em um tempo de muita violência que clama por proximidades, afetos e abraços, amores que transcendem e nos reafirmam humanos amorosos. E nós em casa estamos mais unidos ainda e amando nossos salsichinhas que tanto nos reconhecem como amigos verdadeiros.
Sobre o filme, se você já assistiu sabe do que estou falando, caso contrário vale a pena locar ou comprar, para mim será uma aquisição valiosa, intensa. A cidadela, já na época, resolveu colocar uma estátua no lugar onde o cachorro fica à espera de seu amigo na caminhada diária ao trabalho.
- Qual foi e tem sido o significado desta história real àquele lugar planetário? Acabou sendo incorporada ao folclore urbano japonês.
O protagonista humano era professor de Artes, da Universidade de Tóquio, dentre tantos afetos, tentava ensinar seu cachorro a apanhar a bolinha que jogava. O cachorro passou a se chamar ”Hachi”, pelo símbolo que trazia em sua coleira, representando o numeral oito, em japonês, algo muito especial, por simbolizar a ligação entre os planos terrenos e espirituais.
É o significado do filme, amizade, lealdade... que sentimentos são esses?
Referências
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. Trad. Décio Pignatari. 10 ed. São Paulo: Cultrix, 1995.
NUNES, Benedito. Asas da palavra. Belém: Unama, v.12, n.25, 2009. Semestral. (edição comemorativa).
Imagem 1: http://cafenatiffanys.files.wordpress.com/2010/01/poster_sempre-ao-seu-lado_21.jpg
Imagem 2: http://image.blog.livedoor.jp/takekan/imgs/7/3/73068ba1.jpeg
Imagem 3: http://lh4.ggpht.com/_qv11LcCmFS4/S7ucoQoXk0I/AAAAAAAAAyo/23r7nYHJhUE/image_thumb%5B2%5D.png?imgmax=800
Eu gostei muito desse filme, que vi com minha filha (uma cinéfila como a mãe). Delicado e sensível. Sempre tive cachorros e sinto muita falta de tê-los por perto. Morava em casa e quando mudamos para aPERtamento optamos por não ter cachorros (os nossos já haviam morrido).
ResponderExcluirLindo o que falastes sobre cinema, ressoa forte em mim.
Oi Adrianne,
ResponderExcluirVenho aprendendo cada vez mais a incorporar as mídias em nossa atuação pedagógica, pois, as tecnologias fascinam crianças ou jovens de todas as idades. Esse canal aberto exige-nos competência, habilidades e ética, afinal, como os alunos participam do processo ensino-aprendizagem? Na web há autorias, plágios e cópias, mas, também há a questão das co-autorias, das autorias coletivas que valora as identidades. Ser autor-colaborador a partir de uma proposta pedagógica diferenciada pode ser interessante nessa leitura aberta de mundos, o surgimento de um autor coletivo, colaborativo, participativo e aberto a novas elaborações pode abrir novas perspectivas. Vamos aprendendo a criar filmes e tantas releituras e bricolagens com imagens... O cinema nos ajuda a imaginar mais, acelera emoções e cria novas extensões de corpos e almas. A web nos ajuda a saber fazer.
Estou nessas descobertas das capacidades pensantes e criadoras.
Que bom a tua passagem aqui, estive por lá e adorei pensar nas possibilidades de equacionar "simplicidade e consistência".
Oi, Maria!
ResponderExcluirAinda não vi esse filme, mas da forma como você o abordou fiquei com muita vontade de assistir. Deve ser muito bom mesmo. Quem tem um cão entende o que o filme quer passar. Eles são demais! Falando nisso, vocês têm 4 "salsichinhas"? Imagino a vida que trazem pro lar de vocês.
Quanto à pergunta do fim do post, ao meu ver são os sentimentos mais bonitos que existem, além do amor.
Abraços
Esses danadinhos, duas fêmeas e dois machos, são a alegria da casa, além dos cuidados exigidos como toda amizade zelosa, educadora, reeducadora, alegre, necessária, e todo amor, persistência, re-olhares, superação, 'conversas', flexibilidade, novos acordos, compreensão.
ResponderExcluirUm afetuoso abraço!
Oi moça! Eu ainda não assisti ao filme, mas só de ler sua sinopse me emocionei... Só há pouco mais de 3 anos descobri o quanto é bom ter cachorros, companhia amiga e leal de todas as horas. Como o papai do céu nos é generoso, não? Nessa vida até os cachorros nos ensinam!
ResponderExcluirBjs!
É Isabele,
ResponderExcluirComo diz o ditado, "nenhuma folha cai das árvores e nenhum fio de cabelo se desprende...".
Temos muito o que aprender, questionar, re-olhar, amar. Há ainda como contraponto, o discurso do "livre-arbítrio". O valor da vida é acreditar no amor e que a lealdade é possível. Somos dignos da vida e da alegria! Os cachorros ficam alegres quando seus donos chegam: "o cachorro me sorriu latindo (...) aqui é o meu lugar". Outros beijinhos!