quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TV Digital na escola: uma utopia possível


Como incluir os alunos?
Aprendi através do e-proinfo que com esse recurso tecnológico, o limite dos programas que se pode fazer, incluindo o aluno como interagente, é a imaginação (imagem-em-ação).
Animo-me a perceber que podemos usar a TV digital com interatividade, tendo como suporte teórico e metodológico princípios freinetianos, através de suas aulas passeios (estudo de campo) e imprensa escolar que requerem processos cognitivos e metagonitivos em múltiplas movimentações: afetividade, senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual e coletiva.

Os alunos aprendem em movimento tendo o lugar como ponto de partida. A idéia de intercâmbio entre escolas diferentes e se possível de diferentes localidades (bairros, municípios e estados) anima mais a gurizada a pensar e a dizer sobre o seu local ao grupo do lado de lá. O legal é dar oportunidades a turmas ou alunos que estão encontrando mais dificuldades de aprendizagem para potencializar sua habilidade de falar, imaginar e escrever. Onde está o desejo deles?

Inclui-se aí um passeio pela escola a fim de redescobrir e fazer releitura de cada metro quadrado pedagógico, com que olhar? O re-olhar! Na comunidade, entrevistando moradores e observando as belezas do lugar, mas, sem deixar de ver os impactos ambientais.

A educação através do mundo digital fomentará a forma reflexiva e crítica de se comunicar e ampliar horizontes. As tarefas devem vir seguidas: compreensão da realidade local com destaques culturais e problemáticas; preocupar-se com o que dizer, com a leitura crítica das próprias mensagens e o planejamento do discurso para enfrentar o inesperado, procurando fazer uso da utilização livre e criativa das competências pessoais integrada ao seu grupo de colegas, tudo através de processos de andaimagem.

OBJETIVO GERAL
Fazer uso do questionamento reconstrutivo de forma a re-olhar a realidade da escola, os avanços da tecnologia e as possibilidades de integrar conhecimentos a fim de que o aluno possa perceber a necessidade de leitura e tomadas de decisão mediante situações-problemas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Contribuir no processo de autoformação dos alunos através de seus processos cognitivos e matecognitivos para sucesso das aprendizagens e parcerias.
- Analisar os discursos produzidos e as produções elaboradas por dois grupos distintos: o da escola de lá e o da escola daqui que integram a rede humanizadora do conhecimento.

METODOLOGIA
Repórteres-mirins a entrevistar moradores, ilhéus e ribeirinhos, acerca de como veem a paisagem da orla daqui a dez anos, observar mais próximo as falésias, as consequências do turismo, os sonhos, suas fantasias, o despertar, a perspectiva; o escalpelamento da mata ciliar, o assoreamento de rios e igarapés, o tanto de peixes e pesca artesanal que ali borbulham e conversam, os cantos do lugar, a urbanização, a ponte que interliga continente e ilha, os grupos étnicos, a cultura, a violência, as crianças na escola e as sem escola, a utopia necessária, a tomada de decisão.

O que se quer comunicar e saber do lado de lá; firmar contratos interativos e perceber nos discursos aspectos convergentes e de políticas públicas, que reflexões advêm dessa forma de "tratar" a obviedade, os protagonistas da ação investigam-se, perpassam, relacionam, arrefecem ou integram a cultura de seus lugares? São desafios a observar.

Como se planeja a criação de diálogos? Quem é o outro? As falas estarão recheadas de quê (conteúdo e estilo)? Quais os gêneros textuais mais marcantes? Suas músicas, seus falares, suas vestimentas, seus costumes, suas VIDAS. Como irão dividir as tarefas? Como ocorrerá a mediação pedagógica? Como organizar a pauta, o roteiro, as informações colhidas, a produção do texto, a revisão, a clareza da comunicação e a objetividade do discurso.

O resultado tende a proporcionar e valorizar redescobertas, aprendizagem, integração e movimentar a produção de conhecimentos durante as interlocuções.

AVALIAÇÃO
Tabular dados comparativos e singulares das escolas de lá e daqui, interações particulares e plurais. Observar o desenvolvimento do protagonismo, dos discursos, seus conteúdos e motivações.

Como o aluno constrói sua autocrítica no processo a fim de perceber o quanto aprende com o outro e em suas falas internalizadas?

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