Gosto da história que ouvia minha mãe contar, não do estado dela, mas, de sua fé. Meu pai, ao contrário, não queria que meu nome fosse Maria e muito menos do Rocio, mas rendeu-se aos predicados que minha mãe atribuiu.

Eu e Lígia no Santuário do Rocio (set/2009) |
Estávamos no ano de 1680. A Costeira do Rocio, da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, era habitada por humildes pescadores, que viviam do que o mar lhes dava, nas noites calmas daquele arrabalde.
Vendiam eles uma parte da pesca (o melhor peixe), o resto ficava para o sustento da família.
Corria o mês de novembro. Uma noite, na calmaria do verão, estavam eles nas suas canoas ao largo da baía, com suas redes nas águas, à espera de uma boa pescaria.
Por um desses acasos, olhando o céu recamado de estrelas, um deles viu que, de uma delas descia um facho luminoso até a grande moita de "rosas loucas" nascidas na barranca da baía, e que dai a minutos desaparecia; isso por várias vezes. Chamou então a atenção dos companheiros, os quais presenciaram o fato.
Comentando o acontecimento nos seus lares, quando voltaram da faina noturna, acharam, uns, de bom aviso; outros, porém, mais medrosos, alegaram o prenúncio de grandes males.
E o fenômeno continuou por várias noites, até que os praieiros tomaram uma decisão: decepar a moita das "rosas loucas". E num domingo, pela manhã, com facão, enxada e foice, começaram a devastação. Mas, quando estavam na metade do trabalho, depararam-se com uma pequenina imagem da Virgem mãe de Jesus, bem no lugar onde, todas as noites descia o facho luminoso.
Referências:
Para conhecer outras histórias da Santa do "Rocio", clique aqui.
E sobre eletroconvulsoterapia, leia por aqui.
Conhecer sobre o "Santuário do Rocio", também aqui.
Que história bonita, Maria!
ResponderExcluirConfesso que quando penso em ti, penso em Rício. Mas agora vou tentar modificar a memória. rs
Beijinho!
Pois é Bele,
ResponderExcluirQuando saímos de nossa terra natal aprendemos a ouvir outras falas e valorizamos os dialetos daqui, dali e de todo o lugar, o modo de falar, a gente no começo se sente estranho porque chamamos muita atenção pelos nossos linguajares.
O meu nome é o primeiro impacto que acontece em clínicas, escolas, inscrições outras, as pessoas se sentem embaraçadas e daí acostumei a me chamarem de Rócio Rôdi (é Rôcio Ródi)!
Legal né. Muitas pessoas de lá não perceberam isso ainda. Um nome tão comum na terra natal é muito estranho por aqui.
E um viva às diferenças!
Quis dizer Rócio, e não Rício! rsrs
ResponderExcluirE sim, viva as diferenças!
Entendi Bele, coisas da agilidade natural de nossos tempos internetianos. rs
ResponderExcluirTin-tin às diferenças, somos nós imigrantes digitais ou amantes da tecnologia que combina com leitura, criatividade e ética.