Pelo Telefone (1917) ou Pela Internet (1997), intertextos musicais a retratar contextos (não tão) diferentes de um mesmo século. Um abre e outro fecha. É um tema interessante a ser desenvolvido por alunos e seus professores acerca de letramentos múltiplos e gêneros discursivos. Tecnologias e educação.
- Em que tempo estamos? Que lugar é este? De que lado estamos? Que contexto é este e “daqueloutro”?
Alunos do Ensino Médio podem ser protagonistas entre (ou mesmo antes de) textos musicais e pedagógicos. Seus professores reunidos pensaram na proposta para avaliá-los ao abrir do ano letivo com a música de Gilberto Gil, "Pela Internet".
Alunos do Ensino Médio podem ser protagonistas entre (ou mesmo antes de) textos musicais e pedagógicos. Seus professores reunidos pensaram na proposta para avaliá-los ao abrir do ano letivo com a música de Gilberto Gil, "Pela Internet".
Qual é o problema? Pausa aos questionamentos reconstrutivos. Um projeto deve ter um problema percebido pelos educadores e mediante "determinados" parâmetros.
Quem sabe a questão seja: a necessidade de ler mais, de leiturização ou letramento, ver mais além, a falta de apetite, a gramática intuitiva, a gramática normativa, a gramática descritiva... A leitura é a base do conhecimento. E a releitura como será vista? Que saberes trazem os alunos? O que devem saber?
Qual é o gênero musical que faz parte do cotidiano deles? Por que devemos nos interessar? O nosso é o melhor? Por quê? Nada de “brega” ou “tecnobrega” ou “axé-music”, "axé bahia", "funk carioca", "hip hop nacional", "hip hop internacional", "rap" ou... (?) Letras bem tecidas ou ritmos musicais? Sensibilidades musicais contemporâneas. Diferentes. Vamos entrar no ritmo deles?
Sobre o que mais lhes interessa. A Internet? O celular? Os bate-papos na web? As tecnologias fascinam?
- Mas, qual é a situação-problema? Lá vem eu com esta pergunta "chata"(?!). Por que devemos saber?
- Para pensar mais um pouco. Qual o tema? Leituras – Tecnologias – Contextos - Afetividades. Por quê?
- Problema traz o tema que traz os objetivos, novas pesquisas, as didáticas, as formas de acompanhar o desempenho, de conhecer os saberes, de articular conhecimentos, de reescrever, de negar, de promover, de significar e ressignificar, de buscar, de interagir... Professor pesquisador de sua própria prática.
Assim fui lendo a proposta de professores dos códigos de linguagens... Falta entender a situação-problema e os objetivos dessa etapa inicial da avaliação continuada. Uma avaliação na função "diagnóstica", não pontual e classificatória, mas dinâmica e inclusiva, em que também nos percebemos nela, no processo das aprendências. Sobretudo, porque sabemos que uma avaliação precisa contemplar os processos cognitivos dos sujeitos (como demonstram seus raciocínios e quais as nossas percepções - competências e habilidades para ver) em processos de aprendizagem e não somente centrados no que se manifesta em um dado momento.
Qual é o gênero musical que faz parte do cotidiano deles? Por que devemos nos interessar? O nosso é o melhor? Por quê? Nada de “brega” ou “tecnobrega” ou “axé-music”, "axé bahia", "funk carioca", "hip hop nacional", "hip hop internacional", "rap" ou... (?) Letras bem tecidas ou ritmos musicais? Sensibilidades musicais contemporâneas. Diferentes. Vamos entrar no ritmo deles?
Sobre o que mais lhes interessa. A Internet? O celular? Os bate-papos na web? As tecnologias fascinam?
- Mas, qual é a situação-problema? Lá vem eu com esta pergunta "chata"(?!). Por que devemos saber?
- Para pensar mais um pouco. Qual o tema? Leituras – Tecnologias – Contextos - Afetividades. Por quê?
- Problema traz o tema que traz os objetivos, novas pesquisas, as didáticas, as formas de acompanhar o desempenho, de conhecer os saberes, de articular conhecimentos, de reescrever, de negar, de promover, de significar e ressignificar, de buscar, de interagir... Professor pesquisador de sua própria prática.
Assim fui lendo a proposta de professores dos códigos de linguagens... Falta entender a situação-problema e os objetivos dessa etapa inicial da avaliação continuada. Uma avaliação na função "diagnóstica", não pontual e classificatória, mas dinâmica e inclusiva, em que também nos percebemos nela, no processo das aprendências. Sobretudo, porque sabemos que uma avaliação precisa contemplar os processos cognitivos dos sujeitos (como demonstram seus raciocínios e quais as nossas percepções - competências e habilidades para ver) em processos de aprendizagem e não somente centrados no que se manifesta em um dado momento.
- O que sabem e o que pensam que sabem? Inclui processos metacognitivos que indicam aspectos importantes de serem observados e reencaminhados.
O que levanto como reflexão e que sugestão contribuo para repensarmos.
“Pela Internet”, pensei sobre a sua intertextualidade, faz frente a... e tal qual o quê? Signos. Desejos. Memórias. Associação. Entrelugares. Fronteiras. Intersecção. Semiótica. Qual o link a vincular? Ouvi Gil mais um pouco, reli a letra, outra vez surpreendi-me com o “sambinha”, lembrei-me de Herivelto Martins e a Praça Onze, talvez estimulada pela mídia televisiva que nos fez reviver recentemente através de uma minissérie de época, e cheguei até ao “Pelo Telefone”, cantado por Martinho da Vila, daí pesquisei, deparei-me com o contexto de 1917 (Donga e Mauro de Almeida) e o paradoxo com 1997, mas, o que há em comum? A novidade tecnológica do começo de um século e ao final do mesmo, as (re)mexidas de cabeças, as críticas, os medos, as ousadias, os desejos, a dança, o jogo, a alegria, a subversão, a submissão, a grita, a valsa brasileira etc.
Pela Internet – Pelo Telefone.
Gil e Donga. 1917 e 1997.
O que mais?
E daí, o que iremos propor aos alunos?
Enquanto isso, vamos assistir aos vídeos. Topam? Deixemos as idéias para o daqui a pouco. Vamos curtir.
Acessem aos vídeos abaixo, e depois me contem, se quiserem, acerca das idéias que brotaram.
Vídeo 1: "Pela Internet", com Gilberto Gil
Vídeo 2: "Pelo Telefone", com Chico Buarque, Donga, Pixinguinha e Hebe Camargo (gravação em 1966)
Intertextos:
E daí, o que iremos propor aos alunos?
Enquanto isso, vamos assistir aos vídeos. Topam? Deixemos as idéias para o daqui a pouco. Vamos curtir.
Acessem aos vídeos abaixo, e depois me contem, se quiserem, acerca das idéias que brotaram.
Vídeo 1: "Pela Internet", com Gilberto Gil
Vídeo 2: "Pelo Telefone", com Chico Buarque, Donga, Pixinguinha e Hebe Camargo (gravação em 1966)
Intertextos:
"O chefe da folia pelo telefone manda me avisar que com alegria não se questione para se brincar". (Donga e Mauro de Almeida)
"O chefe da polícia carioca avisa pelo celular que lá na Praça Onze tem um videopôquer para se jogar". (Gil)
"O chefe da polícia carioca avisa pelo celular que lá na Praça Onze tem um videopôquer para se jogar". (Gil)
"O chefe da polícia pelo telefone/ manda me avisar/ que na Carioca tem uma roleta/ para se jogar". (Donga e Mauro de Almeida)
Para falarmos dos neologismos de Gil e sua típica musicalidade na letra que bem encanta e nos convida a "dança"(!), podemos confrontar "infomaré" com outra música dele, e que também traz tecnologia como tema, a "parabolicamará". Que tal?
- E daí? Vamos reencantar a educação?
Imagem 1: http://unicaeminha.blogspot.com/
Imagem 2: http://img240.imageshack.us/img240/2574/pelotelefonr455k2coob2.jpg
Oi,Rocio:
ResponderExcluirgostei de ver o encantamento voltando.
Talvez te interesse:
a Folha de Sao Paulo começa uma coleção de CDS no próximo domingo , dia 21, com os clássicos da música popular brasileira.Com certeza Pelo Telefone estará em alguma semana.
Bjs
Oi, Fátima!
ResponderExcluirReencantar a educação: é trazer à tona a corporeidade viva no tempo biológico. A serenidade é o melhor antídoto para as iras, os conflitos ambientais. O farfalhar das asas da borboleta e a teoria do caos. A simplicidade vem dos objetivos claros da sabedoria dos Mestres. Só aprende quem compreende a humildade. E contra a biologia do amor quem pode, não é mesmo? Algo inerente a todo e qualquer educador, sempre desperta-nos! Acorda de pesadelos e nos chama ao ato educativo e às relações cotidianas aprendentes, portanto, mais humanizadas e amorosas. Reencanta a função do ato de aprender que constrói e se reconstrói na dinâmica do vivo. Como professores aprendemos com o outro que nos desconstrói em suas aprendizagens e não-aprendizagens. Que linguagem é essa que usamos?
Adorei a dica: estou ansiosa para chegar domingo. Obrigada!