terça-feira, 28 de junho de 2011

As folhas pretas do café: histórias de muito frio


Como professora que adora contar histórias para crianças inicio esta postagem. Existem histórias sem muitos finais felizes. Onde estão nossos velhos contadores de histórias e os jovens interessados em saber da História?

A que trago aqui movida por uma conversa de casa assistindo noticiários ontem, foi das lembranças paranaenses de quem está bem longe só com lembranças da sensação térmica do "muito frio". Tempo legal até, porque nos aproxima mais do outro. Muitos de nós entregamos calor aos moradores de favela ou pessoas que estão nos bancos das praças, em marquises, embaixo das pontes ou envoltas em jornais ou papelão. Sem esquecer dos animais que também podem - e muitos acabam morrendo de hipotermia.

Sobre histórias vou contar esta daqui com o título de "Geada Negra". O Paraná produzia "UM TERÇO" de todo o café consumido no mundo inteiro. Em 1975, e uma semana antes do fatídico dia 17 de julho, 10 milhões e 200 mil sacas foram colhidas. E, no ano seguinte somente 3 mil e 800 sacas colhidas. Algo muito simbólico.

Em Paranaguá, litoral paranaense, o único prédio de 12 andares que tínhamos era o "PALÁCIO DO CAFÉ", até um bocado de tempo despontou ali sozinho no centro de nossa cidade histórica, logo em seguida mais dois edifícios residenciais em outros cantos. Foi inaugurado em 29 de julho de 1961, como grande acontecimento do Estado. Era o 313o. aniversário de nossa litorânea cidade e na fase áurea do café.

Assista ao vídeo da inauguração aqui:
O Porto de Paranaguá tinha o status de ser o maior exportador de café do mundo. Na década de 60, o Paraná produzia mais de 20 milhões de sacas ao ano.

Mas a história de fato vocês poderão ver parte dela no documentário a seguir. A história para crianças e jovens de todas as idades, pode ser classificada como drama ou até ficar na sessão de horror, por onde atravessa o sentimento de muitas famílias, como eu disse no começo, a essas particularmente o fim da história não foi nada feliz. Afetou a todos nós paranaenses ou brasileiros.

Pobres e ricos choraram juntos, fossem autoridades ou indistintos pequenos, médios e grandes agricultores:

A nossa história se faz com respeito às histórias de todos outros que nos antecederam e para com suas experiências fazermos do nosso lugar e no nosso estar nesses lugares um novo tempo de gente mais feliz e humana.


Somos a continuidade das esperanças deles e das que por aqui fazemos e sonhamos aos que virão. Sejamos todos felizes! E vamos que vamos...

2 comentários:

  1. Hei Rocio, primeiramente muito obrigado por ter interagido comigo e ter lido o meu blog.
    Fiquei muito lisonjeado,por ter dado a sua opinião sobre a postagem.
    Sou da opinião de que as pessoas que interagem umas com as outras, são as mais interessantes.
    Espero que aprecie, estarei a partir de agora, te seguindo, gosto muito de assimilar novas formas de cultura.
    Gostei do teu espaço,da cultura e da sua percepção de vida!
    Saiba que ao teu lado caminharei na minha eterna condição de aprendiz, muito obrigado por existir!
    NAMASTÊ!

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  2. Olá Paulo!

    Como aprendentes apaixonados vamos interagir bastante e isto me anima bastante.

    O filme "Líder da Classe" é mesmo uma boa referência. Afinal, a doença pode ser de fato um grande mestre em nossa vida. A discriminação e a segregação, o insulto e a falta de compreensão são doenças sociais. O filme mobiliza muitos afetos! Ótima dica, adorei!

    Abraços Afetuosos!

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