terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Educação Matemática e Psicopedagogia: estudos feitos com crianças de 6 anos a partir da releitura de Kamii


Eu com os sujeitos da pesquisa, à esquerda, à direita acima com a professora
em sua casa, e à direita abaixo com a turma das crianças colaboradoras.

Saber como a criança aprende é uma questão de aprendermos com ela. Em minha conclusão após feito trabalho de investigação do conhecimento matemático de crianças de uma escola pública em 1999, durante curso de psicopedagogia, senti vontade de reler “Na vida dez na escola zero”, de Terezinha Carraher e David Carraher. E também concordo com Bachelard (1996, p.20), a partir da necessidade reconhecida que os cursos de formação necessitam aperfeiçoar seus currículos nas aprendizagens e não somente nas ensinagens, pois, segundo ele “uma cabeça bem feita é infelizmente uma cabeça fechada. É um produto de escola”. Lógico que nos inquieta um bocado porque estamos mergulhados e somos apaixonados por escolas, mas, também temos consciência da realidade necessária de se investir em formação continuada e práxis pedagógica.

Após decisão de construir um trabalho de interlocução com uma instituição pública da rede estadual de ensino do distrito de Mosqueiro (PA), e em parceria, com uma colega do curso de especialização passamos a combinar e discutir sobre as formas de aproximação, estudo e dialogias com a escola, enfim, com o projeto de trabalho.

A leitura de Kamii nos possibilitou dialogar com alunos e professora da Educação Infantil. Particularmente, eu já conhecia algumas das obras de Kamii, como também já fazia algum tempo que vinha dialogando com o processo de construção do conhecimento de crianças de Educação Infantil. Trabalhei durante cinco anos com esta modalidade de ensino como professora, e mais dois anos como coordenadora regional de Educação Infantil da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Também tive muito prazer de servir como mediadora nesta nova parceria, afinal era o primeiro contato da colega com essa teoria, mas, sempre é uma nova oportunidade de aprender mais com o outro, com a sua forma de ver o mundo e através dela compreender as suas novas perguntas e a sua forma de aprender misturada por ali entre aprendentes. Os novos questionamentos sempre nos abrem perspectivas de pesquisa e ação.

Nessa práxis buscamos construir bem mais a aproximação com os educadores e os alunos da escola, além de toda comunidade escolar. Com o acesso facilitado possibilitamos a todos nós, bons motivos para novas aprendizagens.

A partir dessa introdução postarei conteúdo trabalhado.

Referências

BACHELARD, G. A formação do espírito científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.
CARRAHER, T.; CARRAHER, D.; SCHLIEMANN, A. Na vida dez, na escola zero. 10 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
KAMII, C. A criança e o número: implicações educacionais da Teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. 5 ed. Campinas: Papirus, 1986.

Nenhum comentário:

Postar um comentário